Humor (com alho e ervas finas)
O uso de um certo tipo de palavras denominadas por calão, quando feito de forma espirituosa, consegue sempre arrancar-me um sorriso que deve ser um resquício daquele lado infantil que se regozija por infringir as regras e ultrapassar o risco do "proibido". O seguinte texto é uma ode a esse tipo de humor, e é escrito com bastante irreverência e inteligência pelo grande Miguel Esteves Cardoso: "Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, caralho! Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto. Quando bem aplicado é como uma narrativa aberta. Eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar. Quando um palavrão é u...